“Que intrínseco seja tuas formas
de iludir meu olhar”.
Esse trabalho é magicamente
resultado de uma experimentação/estudo abordada no Grupo de Pesquisa Ensino da
Arte em Contexto Contemporâneo (GPEACC).
Venho elaborando alguns outros experimentemos dentro desse espaço de pesquisa
que também contemplam a representação do retrato, destaco esse pela dedicação que
tive com a coloração digital. O GPEACC é
mediado partindo do princípio básico da teoria e prática, a cada encontro os
participantes são provocados pela leitura de teóricos, como Elliot Eisner, John
Dewey e Ana Mae Barbosa. E, de mesmo modo, partindo seus experimentos de
artistas visuais, como Juan Miró e Piet Mondrian. Especialmente nesse trabalho
fomos apresentados às representações das obras do artista Giuseppe Arcimboldo.
Questionando principalmente o conceito de retrato. Para essa vivência qualquer
linguagem visual poderia ser apropriada para a criação do retrato, tanto o
Desenho, a Pintura, a Fotografia e etc. Porém, o fundamento central era
representar uma pessoa, um humano, ou uma figura humana da qual fosse conhecida
pelo criador, se apropriando de elementos visuais para compor a imagem.
Não diria que escolhi representar Leandra, uma vez que ela foi sublime
para a criação de alguns dos meus recentes trabalhos. Mas assim que acolhi a
proposta, pensei em representar uma variada abrangente de objetos e, com a
afinidade que tenho por essa mulher, essa busca com certeza seria mais
prazerosa do que científica.
A concepção visual aplicada ao uso
das representações de flores e plantas culminou referencialmente da obra “The Spring”. De outras
tantas maravilhosas, essa obra me guiou visualmente pelo embelezamento da figura
humana mesclado com o encanto dessas formas de vidas naturais. De fato a obra
caminhou paralelo a minha intenção visual, pois inicialmente queria relacionar
os diversos tipos de flores com as muitas simplicidades e delicadezas
exteriorizadas por Leandra,
enfatizando nossa afetividade e a beleza feminina única em seu ser.
A princípio a imagem originou-se de
uma fotografia, que em seguida serviu de base para a criação de um desenho
digital. Grande parte das representações das flores e plantas foi apropriada de
pesquisas anteriores. O processo finaliza-se com a coloração digital, onde
localizo todos os tons e as cores em cada objeto e aplico volume à imagem incrementando
luz e sombra. Assim como Arcimboldo, me utilizei de um fundo com cor neutra, na
busca de deixar evidente apenas o retrato. Entretanto, deixei pouco evidente
alguns elementos visuais característicos de meus trabalhos, assim sendo o tom
azulado e representações de estrelas.
E por fim, infinitamente contente
por essa magnífica experimentação. Hoje na objetividade de continuar com
meticulosas expressões como essa.


Muito bom Amilton. parabéns pela pesquisa focada na teoria/prática, pois com certeza esta relação sempre traz ótimos resultados e vivências em Arte
ResponderExcluir