quinta-feira, 24 de julho de 2014

Uma ocasião mais que perfeita


Quando o pesadelo se tornou apreciação


       O que pode ser visto é de fato composto por duas manifestações efeneras de consequências naturais. Na física existem explicações concretas que respondem a cada acontecimento natural, neste caso, pode-se observar que dois desses acontecimentos se encontraram numa mesmo espaço. A descarga elétrica, ou o raio assim reforçando, é resultado de uma composição de cargas opostas que se atraem e resultam numa manifestação eletrostática. O trasporte aéreo faz parte e um equilíbrio constante entre velocidade e peso, o que resulta numa planagem aerodinâmica.
     A relação entre eletrostática e aerodinamismo é muito distante, se não inexistente. Em resumo, um raio nunca, em hipotipose alguma, irá prejudicar o desempenho físico de uma aeronave, talvez apenas uma rápida pane nos sistemas elétricos. O que vemos acima é uma representação errônea no campo da física, uma improbabilidade material. 
      Mas se no estudo da Física isso é impossível, por que me preocupei em retratar com tanta dramatização? 
         Foi pela experiencia estética!
       É onde entra uma abordagem que a Física ocupa lugar de observadora, pois suas explicações lógicas passam a contrastar com a mente imagética que a Arte proporciona. Realmente um raio nunca iria derrubar um avião, mas foi na minha mente que isso se tornou real, dessa forma pode-se descobrir como se deu o acontecimento. 
        A proposta na verdade está na representação de duas fobias existentes na minha mente. Quando mais jovem, achava que todos os aviões poderiam cair do céu justamente sobre minha cabeça, qualquer suspeita disso era motivo de panico. O mesmo acontecia com os raios, que em dias de tempestades, pareciam eternas explosões luminosas. Mas com o passar do tempo, busquei quais seriam as explicações físicas de como ambos se comportavam e a cada informação aprendida, o medo deixa espaço para a curiosidade e o fascínio.
    Hoje não paro de buscar mais fatos extraordinários que estudem esses dois acontecimentos. Mas foi com essa representação visual que pude notar com mais nitidez o quanto eles estão participando da minha vivencia estética.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

E assim por diante

Projeto infinito







       Sabe aqueles pensamentos surreais que surgem na sua cabeça quando você olha para o céu. E eles ficam mais intensos quando você se depara com uma noite estralada em plena madrugada? Ou então quando você fica horas olhando para um pedra, por mais simples que seja? Tentando entender como esses elementos se interagem e como eles são constituídos fisicamente? Então, são dias como esses que me orgulho da capacidade mental que tenho, mesmo sendo desprovido de uma totalidade intelectual. 
       Acho que todo mundo tem suas dúvidas em relação ao universo em que existe, para os que se importam menos pode ser apenas uma simples pergunta como: Por que o céu é azul ou tão preto? Ou aos que se dedicam um pouco mais perguntando se o átomo realmente a menor matéria de todas. Enfim, a quantidade de aspectos que podem ser indagados é INFINITA, o universo é magnifico por isso.
           Sou estudante da faculdade de Artes Visuais, no ano passado fui provocado a realizar um HQ na disciplina de Histórias em Quadrinhos. O tema e a estética eram livres, o importante era que o aluno fizesse alguma relação com o conteúdo estudado. Foram muitos dias de estudo e pesquisa, estava ao lado de uma turma bastante ligada com o universo dos Quadrinhos, o potencial de cada um eram visível em seus trabalhos. Sem contar com o professo, que mais do que todos era "formado" e "fanático" por quadrinhos.
          A minha proposta era pautada na gênero HQtrônica. Um recente estudo dentro das Histórias em Quadrinhos. A pesquisa foi imensamente influenciada pelo pesquisador Edgar Franco, que particularmente é a maior fonte para esse conteúdo. Na configuração da HQ, a narrativa deixa a versão de passar páginas por páginas para o zoom infinito, onde o  leitor amplia a imagem e descobre novas imagens com novas atmosferas. Tal ação só pode ser executado no suporte computacional, pois exige de um tecnologia digital, aí onde minha coloração digital é fortalecida!  
           Acima você pode presenciar apenas uma amostra da quantidade de páginas usadas. O texto também faz parte do projeto, mas por motivos de publicação ainda não pode ser mostrado.

O melhor ofício do mundo


Quando a união fez mesmo a força
       Sem dúvida minha primeira e maior coloração com Quadrinhos. Toda vez que participo de uma equipe de artistas estudantes me sinto digno da responsabilidade. Do lado profissional, faz parte de um grande orgulho, isso pela elaboração do projeto, que conta com três amigos meus muito dedicados com o universo HQ. 
        Luiz Fernando é o responsável pela criação do roteiro e dos desenhos da HQ, também é de sua criação a ideia de convocar João Eudes Ribeiro Machado Filho, o responsável pela arte finalização dos traços a lápis. Dos dois posso afirmar com precisão que seus "cargos " foram perfeitos para a experiência de cada um; Luiz é um ótimo escritor, faz parte de um banda e vez outra compõe letras de músicas, não é a toa que o roteiro que ele escreveu se diagrama na composição de um poema em forma de cordel. Além da sua estética no desenho, que apresenta nitidamente sua assinatura como artista. 
     Já João Eudes é sem dúvida o melhor arte finalizador que conheço na faculdade. Sua precisão nos traços é impecável, um grande manipulador do nanquim e bastante paciente. Seu único defeito, hoje, é achar que não pode influenciar muito no traço do desenhista.
       Temos aqui duas páginas de um trabalho com cinco. Infelizmente foram as únicas que deram tempo para colorir, pois estávamos participando de um projeto da Marca de fantasia (grande idealizadora dos Quadrinhos no Brasil) e o prazo esgotou mais rápido do que imaginávamos.
       Entretanto, poder ver e ser reconhecido no pais inteiro, foi suficiente pra compensar todo o árduo trabalho.


As cores de um craque

Ele...


       Esse trabalho foi um pouco mais "amigável". Um professor meu, Fábio Tavares, sabe reconhecer os valores do futebol de uma maneira esplêndida, além de um ótimo repertório sobre o esporte, ele ainda faz belos desenhos também com a temática esportiva.
         Esse Neymar foi um dos muitos desenhos que constantemente publica no Facebook. Diante da imagem, me vi entusiasmado em fazer a coloração dele, nesse momento estava em minha fase de experimentação com a coloração digital e resolvi fazer essa homenagem  singela.
         Por estar bem simples, o desenho não exigia tanta perfeição na coloração. O resultado foi cores também humildes e com poucos tons na saturação. Bastante feliz com a dedicação, o Prof. Tavares até republicou a arte em outras mídias.

Por um fio

A representação da representação
       Parceria entre curso de Artes Visuais e Teatro. Fui convocado a participar de uma elaboração visual para representar um determinado espetáculo. A ideia da ilustração surgi a partir de um pesquisa realizada na internet juntamente com as escolhas propostas pela organizadora da trabalho cenico. 
       Meu primeiro experimento com a técnica de sobrepor a linha do desenho sobre a cor escolhida. Meio preocupado com o resultado final, me mantive apenas em colorir digitalmente, o desenho foi digitalizado para não haver qualquer desavença.  Me satisfiz com resultado final e, a partir dele, procurei ampliar as escolhas e aperfeiçoar a qualidade.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Physis - Um triunfo num lugar ermo



          Quando a ordem natural foi exacerbada e retornou a seus antigos donos. Uma representação da loucura natural em que vivemos, seres biológicos lutando pelo espaço que lhe pertence desde os princípios. As criações do homem sofrendo com uma consequência inevitável e oriunda. 
          É de todos as minhas pinturas a que mais me deu trabalho. Não pelo cansaço ou pelas as horas e horas no computador, mais pela determinação, pela pesquisa e pela qualidade. Toda vez que a revejo fico encantado com a dimensão visual que estou acolhendo, me vejo evoluindo de uma maneira agradável e esperançosa, tendo em vista um futuro artístico reconhecível.

Arte pela Arte

A árvore e suas versões






                                                                                              O mar






        Trabalho cooperativo realizado no curso de Artes Visuais e de Teatro da Universidade Regional do Cariri- URCA. As ilustrações digitais são resultado de uma parceria de dois estudantes de artes visuais e um de teatro, onde a as mesmas foram de complemento visual dentro de um espetáculo. 
          O grupo de artistas é completo pelo estudante graduando Gleison Amorim (Teatro), o qual mesclou sua estética teatral com essas visualidades, Luiz Fernando (Artes Visuais), responsável pelo belíssimo traço e desenho das ilustrações e por mim (Artes Visuais) que ficou encarregado pela coloração digital. 
          Particularmente fiquei bastante honrado em ser convocado para esse trabalho, pois tinha o conhecimento dos incríveis artistas que estavam participando da edificação. E também muito feliz com os dois resultados, o visual e o teatral. Foi meu recente avanço da pintura digital, pude experimentar muitas técnicas até então desconhecidas e a fabulosa capacidade de representação visual.

Piscou morreu

Gente que fala com os olhos



Era de se esperar. A tirinha serve como aprendizagem para aquelas pessoas que acham que lhe conhece pela a sua aparência. Mesmo não podendo ter o privilégio de se arrepender.

A última chuva


          
     Um trabalho realizador. São muitos os sonhos que temos, vez por outra variando de cada pessoa, eles nos provocam sensações que geralmente percebemos com mais intensidade depois que acordamos. Venho percebendo que meus sonhos sempre tentam estabelecer uma relação com minha realidade de forma assustadora. São muitas lembranças que se transformam em algo apavorante e desconfiguram minha estrutura emocional.
     A algum tempo atrás, porém não menos importante, presenciei um novo sonho. Que de todos os anteriores foi o mais agoniante e reflexivo, foi acima de muito realista, as sensações, os pensamentos sobre o que estava acontecendo, a ambientação, tudo estavam de uma maneira tão convincente que o medo só aumentava.
     Ao acordar, não me esgotei em somente lembrar daquela experiência. Tinha que buscar visualizar o ocorrido. O trabalho realizado me despertou vários e vários questionamentos, as respostas se materializaram em novas perguntas, mas o mais exuberante foi poder perceber melhor que onde estava naquele dia foi fantástico.