Quando o pesadelo se tornou apreciação
O que pode ser visto é de fato composto por duas manifestações efeneras de consequências naturais. Na física existem explicações concretas que respondem a cada acontecimento natural, neste caso, pode-se observar que dois desses acontecimentos se encontraram numa mesmo espaço. A descarga elétrica, ou o raio assim reforçando, é resultado de uma composição de cargas opostas que se atraem e resultam numa manifestação eletrostática. O trasporte aéreo faz parte e um equilíbrio constante entre velocidade e peso, o que resulta numa planagem aerodinâmica.
A relação entre eletrostática e aerodinamismo é muito distante, se não inexistente. Em resumo, um raio nunca, em hipotipose alguma, irá prejudicar o desempenho físico de uma aeronave, talvez apenas uma rápida pane nos sistemas elétricos. O que vemos acima é uma representação errônea no campo da física, uma improbabilidade material.
Mas se no estudo da Física isso é impossível, por que me preocupei em retratar com tanta dramatização?
Foi pela experiencia estética!
É onde entra uma abordagem que a Física ocupa lugar de observadora, pois suas explicações lógicas passam a contrastar com a mente imagética que a Arte proporciona. Realmente um raio nunca iria derrubar um avião, mas foi na minha mente que isso se tornou real, dessa forma pode-se descobrir como se deu o acontecimento.
A proposta na verdade está na representação de duas fobias existentes na minha mente. Quando mais jovem, achava que todos os aviões poderiam cair do céu justamente sobre minha cabeça, qualquer suspeita disso era motivo de panico. O mesmo acontecia com os raios, que em dias de tempestades, pareciam eternas explosões luminosas. Mas com o passar do tempo, busquei quais seriam as explicações físicas de como ambos se comportavam e a cada informação aprendida, o medo deixa espaço para a curiosidade e o fascínio.
Hoje não paro de buscar mais fatos extraordinários que estudem esses dois acontecimentos. Mas foi com essa representação visual que pude notar com mais nitidez o quanto eles estão participando da minha vivencia estética.






























